sábado, 7 de julho de 2018

Sobre aquele abraço do Gilberto Gil (por Thiago Muniz)



Em algum momento de sua vida você escutou a música “Aquele Abraço”, composta pelo ilustre tricolor Gilberto Gil em 1969, onde menciona pessoas, bairros, clubes, escolas de samba e figuras cotidianas do Rio de Janeiro, fazendo uma crítica ao momento em que o Brasil passava naquela época e também ao que ele estava vivenciando.
“O Rio de Janeiro continua lindo,
O Rio de Janeiro continua sendo,
O Rio de Janeiro, fevereiro e março,
Alô, alô, Realengo, aquele abraço.
Alô torcida do Flamengo, aquele abraço.
Chacrinha continua balançando a pança,
E buzinando a moça e comandando a massa,
E continua dando as ordens do terreiro.
Alô, alô, seu Chacrinha, velho guerreiro.
Alô, alô, Teresinha, Rio de Janeiro.
Alô, alô, seu Chacrinha, velho palhaço.
Alô, alô, Teresinha, aquele abraço.
Alô moça da favela, aquele abraço.
Todo mundo da Portela, aquele abraço.
Todo mês de fevereiro, aquele passo.
Alô Banda de Ipanema, aquele abraço.
Meu caminho pelo mundo, eu mesmo traço.
A Bahia já me deu régua e compasso.
Quem sabe de mim sou eu, aquele abraço.
Pra você que me esqueceu, aquele abraço.
Alô Rio de Janeiro, aquele abraço.
Todo povo brasileiro, aquele abraço.”
Segundo alguns críticos musicais de então, o “Abraço” descrito nesta música remete aos braços do Cristo Redentor que abençoa toda a cidade.
A menção ao bairro de Realengo é uma clara e manifesta provocação aos militares do período da ditadura, tendo em vista que Gilberto Gil ficou preso na Escola Militar do mesmo bairro, hoje Comando da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada na Praça do Canhão, e logo depois exilado do Brasil.
Talvez “Aquele Abraço” seja um dos maiores êxitos musicais de penetração popular, que teve seu momento histórico como reação e marcou a volta do autêntico samba na corrente tropicalista, com breque e tudo.
É uma peça eufórica que canta a liberdade (da qual Gil esteve privado algum tempo) e o Rio de Janeiro em todos os seus aspectos pitorescos: o Carnaval, a Banda de Ipanema, Chacrinha, Flamengo rimando com Realengo, Portela et cetera.
Gil afirma que “A Bahia já me deu régua e compasso” mas nem por isso deixa de reconhecer que “O Rio de Janeiro continua lindo! O Rio de Janeiro continua sendo!” O sucesso foi sensacional e consagrou o garoto de Ituaçu, hoje um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, reconhecido mundialmente.
Naquele mesmo 1969, o Fluminense tinha acabado de ser campeão carioca em cima do Flamengo, vencendo o jogo final por 3 a 2; placar sabático e eterno para um Fla-Flu. Gil, ferrenho iricolor, estava no Maracanã e vendo a triste massa rubro-negra indo embora, mandou outro irônico “Abraço” como se dissesse “valeu, o importante é competir”.
A música foi lançada durante o exílio do artista em Londres como parte do álbum homônimo, logo após ter gravado a base do disco, voz e violão, em Salvador com auxílio do maestro Rogério Duprat.
Em 15 de junho de 1969, 171.599 moradores do Rio de Janeiro decidiram ir ao mesmo lugar na mesma hora. E com um só objetivo: assistir ao Fla-Flu da penúltima rodada do octagonal decisivo do Campeonato Carioca. Um público impensável para o Maracanã do século XXI. E que ficou para sempre marcado na lembrança de muitos que tiveram a oportunidade de ir ao Maior do Mundo naquela ocasião
O Flu saiu na frente; o Fla empatou. O Tricolor voltou a liderar o marcador; o Rubro-Negro, com um jogador a menos, igualou novamente, até Flávio decretar o 3 a 2 e o título para o clube das Laranjeiras, comandado então por um treinador em início de carreira: Telê Santana.

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“Amigos, a humildade acaba aqui. Desde ontem o Fluminense é o campeão da cidade. No maior Fla-Flu de todos os tempos, o tricolor conquistou a sua mais bela vitória.” Assim começa “Chega de humildade”, crônica de Nelson Rodrigues, considerada a melhor do saudoso dramaturgo e publicada no jornal O Globo no dia seguinte à conquista do título estadual de 1969.
O Fluminense jogou com: Felix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denílson, Lulinha (Samarone); Wilton, Cláudio, Flávio e Lula (Gílson Nunes).
Muitos pensam até hoje que a canção é uma homenagem de Gil ao Flamengo. Aos pobres tolos, aquele abraço…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: max sodré


07/07/2018 - 09:50
E são muitos os que se entregaram ou foram entregues ao inimigo Estado, financiado por nós:
Tiradentes
Olga Benário
Lula
Jesus...
Zumbi dos Palmares
Na maioria dos casos há um delator de plantão, sempre pagos com 30 dinheiros....no caso de Palocci serão 30 milhões de reais: os outros 30 ficarão com os lavajateiros....
O mundo gira gira e não muda...
Alô Realengo....
O significado de Alô Realengo
http://www.panoramatricolor.com.br/sobre-aquele-abraco-do-gilberto-gil-p...
07/07/2018 - 09:42
O mundo gira gira e não muda: como diria o Chacrinha: alô Terezinha!!!
Aos fatos:
O golpe de 2016 segue o mesmo escript daquele que findou recentemente, ou seja, em 1985, mais exatamente em 1988, com Constituinte....as diferenças entre os dois golpes são poucas:
1 - a cor do uniforme dos chefes do golpe: o verde oliva daquela época e a cor negra das camisas e togas de Dalangois, Moros et caterva...
2- Hoje Lula repete Jk, acusado de ter apartamento, imbativel em 65 com eleiçoes suspensas, terminou suicidado...
3- Bolssonauro, mistura de bolso com dinossauro, jura que é Castelo Branco.
....
Pais fudido esse nosso...alô Terezinha!!!
O significado do Alô Terezinha
http://www.panoramatricolor.com.br/sobre-aquele-abraco-do-gilberto-gil-p...
07/07/2018 - 08:56
O assunto é bem complexo e há muito muito mito criado pela midia e pelos órgãos de repressão da época.....somente recentemente usaram o nome de Partido....só sei que a mexicanização ai está e essa forma organizada de atuação um dia surgiria como surgiu no México, Italia, Colombia, Japao, China: muitos estão entranhados nos governos de direita e ocupam cargos publicos: de primeiro escalão, inclusive

07/07/2018 - 08:02
Esses babacas das Forças Armadas, TCU, MPF et caterva agora choram o leite derramado....juram que agora defendem o interesse nacional: mas Inês é morta: e vocês fizeram das tripas coração para se juntar ao Impėrio nesse entreguismo e na perseguição a Lula, que tanto fez pela soberania deste pais e melhorou vossos salarios e condições de trabalho como parte do fortalecimento desse pais: vocês foram cúmplices desse crime lesa patria e merecem o paredão...
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Andre Luiz RRR

Quem colocou o Fux lá?

Quem colocou o Fux lá?
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Eduardo Outro

Foi Adão. Se não tivesse

Foi Adão. Se não tivesse comido a Eva estaríamos todos no Paraiso, a ditadura não teria acontecido, Herzog não teria sido suicidado e Fux não estaria no STF que não teria existência.

É possível ir pra Haia?

Creio que para os juízes do STF, isto é pouco pra mudarem suas posições pro certo.
Acho que o Brasil tem que ser condenado no tribunal que julga genocidas pro STF se mexer.

O Fux...

Este juiz não vai fazer nada... e, se fizer (por um raro acaso), não vai acontecer nada... deste judiciário espera-se que ele seja exatamente o que é...

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